8 de maio de 2020

Conexão Com Memórias da Casa na Quarentena!


 Estou em quarenta, quase total. Saio apenas para o trabalho. E, por mais que eu já fosse uma pessoa bem caseira, ficar o tempo inteiro em casa mexeu na minha relação com ela. São diversos usos, em diversos momentos e estados de espírito.

Sobre os cuidados com a limpeza da casa, (moramos em apartamento, uso o termo casa por que qualquer lugar que se viva tem que ser casa). Eu tinha uma funcionária, que vinha de segunda a sexta das 8h as 14.  Esses dias eu dispensei ela, para que também pudesse se resguardar da contaminação do vírus, mas continuei pagando o salário integral para ela. 

Semana passada,  liguei para ela vir dar uma faxina comigo, ela disse eu não podia, pois estava trabalhando todos os dias da semana em outra casa. Quem me conhece deve imaginar a minha cara de decepção. Como assim, né! 



Nunca fiquei a vontade com alguém arrumando o que eu não arrumava, depois de dias refletindo, eu decidi que não irei  mas continuar com minha funcionária, pois quero eu mesma fazer minha própria faxina, como sempre fiz. Eu gosto de limpar minha casa e temos mais mãos e braços para me auxiliar.

Com a quarentena tenho limpado mais a casa, agora nem tanto pois as crianças estão na roça. Com muitos casos confirmados da doença em minha cidade achei mais seguros eles no campo.


Também me sinto grata por ter uma casa quase 100% funcional e quase 0% sem tralhas espalhadas. Isso já faz diferença quando a faxina é quinzenal, mas quando é mais frequente e a gente presta mais atenção nela, sem todos os estímulos da vida pré-quarenta, fica mais claro ainda a vantagem de ter poucas coisas, e todas úteis e organizadas.

Uma das vantagens do meu apartamento é que eu entrei nele praticamente no zero há uns 2 anos. Fui montando ele aos pouquinhos, sem recursos. Tudo aqui tem uma história, um motivo. Nossa casinha é sem excessos, mas com conforto e praticidade.

E, agora, vivendo este momento de pandemia e quarentena, tendo uma relação bem mais próxima e dependente da minha casa, posso falar que gosto muito do que consegui construir. E, a cada dia, a cada momento de crise que vivemos, fica mais claro como o minimalismo está deixando minha vida melhor, mais feliz, intimista e afetiva.




  

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