Um dos grande desafios da maternidade é disciplinar nossos
filhos. Como cada um deles tem uma personalidade única, as vezes a mesma criação não
vale para todos. Digo isso por que com cada filho eu uso um gingado diferente. Ser mãe
na atualidade requer um tanto de jogo de cintura.
Com minha primeira filha foi tudo um aprendizado, com ela eu
fui dura demais, exigente demais, apertei demais. Na adolescência ela me
confidenciou que não estava mais aguentando o meu jeito de conduzir as coisas
com ela. Foi quando eu busquei auxílio, conselhos e fui orientada a abrir um
pouco a guarda.
Pense que seu filho é um passarinho e que você está
segurando-o na sua mão. Se você apertar demais irá sufocá-lo, se abrir muito a
mão ele irá voar. Então é preciso abrir a mão de um jeito que ele respire se
aninhe e se sinta confortável e você não o perca.
Parece fácil, mas não é. Mesmo sem a presença paterna eu conseguir formar um bom ser humano,
uma pessoa que nunca me trouxe maiores preocupações além das naturais de mãe. Posso
dizer que aos 20 anos ela está com o caráter formado. Ufa, venci!
Já Maria Luiza também tem seu caráter moldado, a gente só
consegue fazer isso até os 12 anos, passou disso minha amiga, pode até ser que
você consiga, mas será um tanto mais difícil.
De agora para frente eu só tenho que acompanhar, incentivar
e zelar por ela. Com o Pedro Augusto, aos
4 anos na medida que ele vem crescendo, eu vejo que a necessidade de
discipliná-lo está se tornando cada vez mais frequente.
Venho me questionando sobre a melhor maneira de ensiná-lo
que certos comportamentos não são aceitáveis e como fazer que me filho obedeça
sem gritos, palmadas ou ameças.
Tenho refletido sobre isso por que já usei todos esses “métodos”,
com as meninas, afinal a gente acaba por repetir o estilo disciplinar dos
nossos pais. O que não seja errado. Mas vejo que isso não é legal, as coisas
podem ser feitas de uma forma melhor, mais suave, sem estresses. Com o Pedro tenho adotado outro tipo de
disciplina. O ensinar sem castigar.
Não quero repetir erros na maternidade de punir meu filho
nem fisicamente e muito menos psicologicamente. Quero sim disciplinar
objetivando ele a controlar seus impulsos para não ter comportamentos
inapropriados. A disciplina deve ser positiva.
Um relacionamento entre mãe e filho baseado no medo de
possíveis punições não é um relacionamento positivo. Eu falo isso com
propriedade por que mesmo alcançando bons resultados com a minha primeira filha
eu sei que eu teria conseguido os mesmos resultados com ela se tivesse agido
com mais diálogo ao invés de punições.
Quero transmitir segurança, firmeza aos meus filhos e não
medo ou insegurança. A disciplina positiva envolve a maternidade de uma forma
calorosa, amável e respeitosa, com limites justos e firmes e consequências
relevantes e razoáveis.
Ressaltando que disciplina positiva não significa deixar o
seu filho fazer o que ele quer. Os pais que permitem isso irão sofrer as
consequencias juntos com seus filhos quando os mesmos tiverem na vida adulta ou
até mesmo antes disso, quando se tornarem delinquentes juvenis.
Quando me candidatei a conselheira tutelar eu quase degustei
o ECA, nele tem um artigo que fala sobre nós pais e responsáveis não
constranger os filhos. Eu venho zelando por isso. A punição gera esse
constrangimento, e isso pode despertar sentimentos de ressentimento,
retaliação, humilhação e comprometer a relação de confiança entre pais e filhos.
Uma das formas de conseguir que meu filho obedeça as disciplinas
é o elogio. Quando ele me deixa falar ao telefone, eu o elogio que ele foi um
rapazinho se comportando bem durante o tempo que eu falo ao telefone. É positivo
elogiar quando se comportam bem, isso não deve virar um costume, pois eles
também precisam saber que o bom comportamento não é uma consdicionante ou uma
obrigação, é o dever de todos, se comportar bem.
A disciplina positiva sempre será gentil, e isso não é
desinteressante, pelo contrário, é maternidade ativa, interessada, parentalidade
engajada. É na escolha e manutenção da disciplina que a maternidade intencional
se distingue. Os limites dados aos nossos filhos devem sempre zela por orientar, em vez de controlar ou punir.
Lembrando sempre que cada mãe e pai tem tem a liberdade de educar os filhos da forma que melhor acreditam e que ninguém deve interferir nisso. O Estado coloca limites em casos de excessos.
A disciplina positiva vai desencadear filhos mais autônomos no que tange as responsabilidades adquiridas na infância e adolescência. Não sou psicóloga, nem coach nada disso. Sou mãe, eu mudei minha forma de educar, venho usando a maternidade intencional com meus filhos e vejo um bom resultado na Maria Luíza e no Pedro Augusto.
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