11 de agosto de 2024

Questão de Diálogo: Comunicação assertiva nas relações!

 


Estimados leitores. Se é que ainda existe algum visitante desse modelo contemporâneo de escrita, depois dessa longa pausa.


Mas, deixe-me contar, pois preciso.



Num arroio de lágrima, fui tomada por uma ânsia súbita de escrever sobre frustradas tentativas de me comunicar. É, parece inêxito tentar expressar os sentimentos ou qualquer crença de vida quando se estar conhecendo alguém.


No florescer de um romance, a comunicação inicial carrega em si um equilíbrio delicado, onde as palavras podem ser sementes de conexão quanto possíveis espinhos de desentendimento. 


A ansiedade de agradar e a vontade de revelar apenas o melhor de si podem levar à construção de uma imagem idealizada, que não necessariamente reflete a verdadeira essência de cada um.

Outro risco comum é a má interpretação das intenções e dos sentimentos. Na tentativa de decifrar o outro, pequenos gestos ou palavras podem ser mal compreendidos, dando origem a mal-entendidos que podem criar barreiras invisíveis, mas significativas. 


O silêncio, muitas vezes confundido com desinteresse, pode na verdade ser uma manifestação de cautela ou de medo de exposição. Da mesma forma, uma declaração entusiástica pode ser lida como precipitação, quando, na verdade, é apenas a expressão sincera de uma emoção recém-descoberta.


Portanto, a comunicação inicial em um romance é um terreno onde a vulnerabilidade e a expectativa caminham lado a lado. Navegar por esse espaço requer uma combinação de autenticidade e paciência, onde cada palavra e gesto devem ser pesados com cuidado, mas também com a leveza necessária para permitir que o sentimento se desenvolva de forma orgânica e genuína. Afinal, é nesse delicado jogo de palavras e silêncios que o alicerce de uma conexão profunda começa a ser construído.


Despir a alma diante de alguém que amamos é um gesto de pura e incondicional entrega. É como abrir as janelas mais secretas do nosso ser, permitindo que a luz do outro penetre nos cantos mais escuros, nas memórias mais guardadas, nos sentimentos mais escondidos. 


Desvelar a alma, ser quem somos se tornou uma afronta para quem desconhece a essência do ser. Para muitos necessariamente a sociedade tem que ser educada, romântica, poética e perfeita. Ledo engano. Eu deixo de ser eu, quando permito que o medo natural de não ser compreendida, dite as regras da minha vida. 


Tive minhas fragilidades julgadas.  Ainda tenho esperança de encontrar no olhar do outro a compreensão que tanto busco. O acolhimento que tanto necessito. Nesse processo de descoberta, de início das projecções em relação ao par, não apenas nossas qualidades, mas também nossas imperfeições, devem sim ser reveladas. E se ainda sim a pessoa escolher ficar, você saberá que ela não será apenas uma espectadora, mas também uma integrante de uma linda história. 



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