11 de abril de 2018

Diário de Uma Mãe: A Dor da Separação de Um Filho


Ainda seguindo dentro do post anterior do quadro Diário de Uma Mãee, eu quero compartilhar com vocês mamães a experiência da dor da separação dos nossos filhos quando eles vão para o ambiente escolar.



Veja bem, a minha filha Gloria, foi para a escola aos 2 anos e meio de idade. Lembro que ela ainda dormia durante o dia. Aquilo foi cruel demais, aquela separação, acho que até hoje me sinto culpada. Mas colocar ela na escola naquele momento foi necessário, pois eu precisava terminar o ensino médio. Ou talvez nem precisava naquele momento, mas a minha inexperiência de mãe, não me fez pensar da forma que penso hoje. Eu achei mais seguro ela ficar na escola no período que eu também estudava do que contratar alguém para cuidar dela. Eu não confiava em ninguém. 

"A consequência dela ter ido tão cedo para a escola resultou em um cansaço grande na sua adolescência. Ela terminou o ensino médio tendo complicações com notas baixas, devido ao cansaço físico e mental agregado ao excesso de estudos para o vestibular."

Um dia ela virou pra mim e me disse. “Mãe eu me sinto cansada dos estudos, comecei estudar muito cedo, queria ter um ano de descanso”. Aquilo me tocou profundamente e eu me senti tão culpada. 
O resultado de tudo isso foi que ao terminar o ensino médio ela disse que não queria ir pra faculdade, (isso aos 17 anos). A justificativa dela foi louvável. “ Mãe eu sou muito nova para ir pra uma universidade, é um mundo novo, todo diferente, eu não me sinto preparada e eu quero descansar por um período de 1 ano para então me revigorar minhas energias e ir para a faculdade”. O que eu pude fazer naquele momento foi atender minha filha. Então ela fez o que ela quis. Ela merecia aquele descanso. Na verdade ela nesse período de um ano fez um cursinho pré-vestibular, mas sem aquele compromisso de passar de ano de concluir uma etapa, sabe.

Com todos esses erros e acertos eu vejo que a maternidade não é só pari um filho, cuidar e fazê-lo dele uma pessoa de bem. A maternidade é mais do que isso, é um estica e puxa, um jogo de cintura do cacete, (risos). A flexibilidade é deve ser uma característica de toda mãe, (confesso que não era meu forte até algum tempo atrás), mas hoje vejo tudo diferente. Se eu tivesse sido mais leve, mais flexível e cedido mais, talvez eu tivesse sido mais amiga de meus filhos e não somente a mãe. Se bem que minha filha Glória já me disse algumas vezes que se eu não tivesse sido durona talvez ela não fosse quem ela é hoje. Isso é bem confortante. Me sinto menos culpada por ter falhado com a minha filha. Sei que não deveria me sentir assim, mas eu sei que falhei com ela inúmeras vezes. 

Hoje ela já com seus 19 anos, logo que alcançou a idade adulta foi morar em outra cidade, cursar faculdade, morar sozinha e seguir uma nova etapa em sua vida. Novamente a dor da separação bateu forte em mim. Mas eu amo a minha filha não posso ser egoísta e devo sempre apoiá-la, afinal está acontecendo o que sempre sonhamos e planejamos muitos anos. Ela está na universidade.

Então quando eu pratico o homeschooling com o Pedro Augusto eu estou evitando essa separação precoce entre eu e ele. 


Beijinhos até a próxima quarta com mais um quadro "Diário de Uma Mãe" .


Compartilhar com vocês algumas fotos de quando minha filha Glória foi para a escola. A primeira professora dela, a primeira festinha junina.


 



Lembro que no dia da festa junina o par dela não foi. Fiquei super chateada com a mãe do garoto que não o levou para a festinha. Afinal minha filha havia ensaiado, eu comprei a roupinha e no dia ela ficou sem o par. Então a professora dela pediu outro menino da pré-alfabetização para dançar com ela. Eu quando vi o tamanho do garoto pensei. Ela não vai querer dançar com esse menino, afinal não era coleguinha da sala dela. Mas ela aceitou, desde pequena sempre mostrou sinais de aceitação, obediência. 

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