Oiêeee.
Li um artigo ontem escrito e me despertei para uma reflexão da nossa identidade nacional, e buscando entender a lógica da cordialidade e do patrimonialismo em meu cotidiano, me deparei com duas realidades da história. . . Como sabem, sou servidora pública, trabalho dentro da Secretaria de Gabinete do prefeito com comunidades tradicionais indígenas, residentes no município e também com indígenas imigrantes refugiados.
É sabido que o Estado não detém de um programa de políticas públicas para esses povos que aqui chegaram com maior intensidade há 4 anos, devido a grande crise humanitária na Venezuela.
Falando num contexto geral de Povos indígenas independente de sua condição, o indígena não deixa de ser indígena por estar em outro país ou numa condição de refugiado. Pois bem, socialmente falando todos nós, preciso me incluir nisso por que sou humana e como diz um grande mestre a humanidade é uma só. Eu venho trazer aqui uma reflexão bastante pertinente sobre o inimigo, ou inimigos que socialmente construímos.
Vemos também a situação vice-versa.
Continuando...eu tenho diversos colegas de trabalho, amigos até que são bolsonaristas. Quando uso o termo bolsonaristaa, não me refiro apenas o voto ao presidente em questão. Falo de algo mais profundo, de algo mais consolidado. Uma corrente que vem ganhando força pelo país.
Falo que isso é um terreno perigoso, por que vejo a história se repetir. Vejo no *bolsonarismo uma tendência do nazismo. Desse modo, observando a história, vemos o que o nazismo fez com o povo judeu, onde os Alemãs acharam que os judeus eram seus inimigos. Fizeram isso também com a população negra, onde os europeus colonizaram o continente Africano no contexto de escravidão e subserviência. Fizeram isso com os indígenas. Em todo o mundo e no Brasil também, e o fazem até os dias de hoje. O que mudou foi apenas o espaço, o território, pois a elite agora é urbanizada.
Então é preciso entender o contexto histórico das relações, o patriarcado, o processo de globalização e seus efeitos. O etnocentrismo como uma forma extrema de violência social que subjetivamente simboliza o outro. Cuidar para que os meus julgamentos não sejam implacáveis, e entender realmente as histórias, sem cortes, ou apenas a parte que me convém. Ver com sensibilidade o que realmente acontece e dessa primícia validar e discutir a existência do outro sem atribuir bem ou mal. Trazer ruptura com a estrutura única e ver de que forma internalizamos as histórias incompletas.
Sim Maria, mas o que mesmo você está querendo dizer? Estou querendo dizer que nós a partir de nossas crenças inválidas construímos socialmente alguns inimigos. Isso está acontecendo em evidência no nosso país. Vi notícias de pessoas matando o outro por ideologias antagônicas.
Eu quero mesmo é deixar um alerta para que nós não entremos naquela vibe de ódio.
*fenômeno político de extrema-direita
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