12 de março de 2022

Cartas de Sábado a Noite: Remendos

 

Vive-se sem saber do dia de amanhã. Sonhar já não é mais possível.

É difícil chorar a dor quando se sente machucada. Os pedaços caídos no chão. Recortes. Não dá pra ser boa e nem perfeita com tantas cicatrizes. Eu não quero ser forte o tempo todo. O nó na garganta prende minha voz.

Uma vida de espera, a pouca felicidade. Chuvas de domingo caem lá fora. Nós não estamos mais aqui.

 


Passei por muitas coisas nessa vida, coisas que tenho dificuldade de falar, que não sei como organizar em escritos, e não consigo compreender a dimensão do quanto isso me afeta. 

Ultimamente tenho sentindo falta de mim mesma. Caramba, passei dois anos trancada em um mundo que não existia. Não era real. Acho que nunca me senti tão frágil e vulnerável em toda minha vida. 

 

Olho pra trás e penso em todas as situações que me expus, nas pessoas que confiei e nas vezes que me doei.

 

Me perdi no caminho.

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