26 de maio de 2018

Como Fazer Rapel: Uma Aula na Floresta




Quem tem vontade de fazer rapel e ainda tem alguma dúvida sobre a atividade vai ficar esclarecido após ler esse post. Então pega um café e senta ai por que vou te contar tudo sobre esse esporte. 

Por ser nada mais que uma técnica de resgate e alpinismo, a nossa aula de rapel não podia ser ministrado por pessoas melhores que os próprios Bombeiros do 23 º Grupamento Bombeiro Militar - Parauapebas (GBMP).

Essa aula de rapel foi realizada sábado passado  durante o 2º Curso de Trilhas e Caminhadas, realizado pelo Departamento de Turismo da Prefeitura Municipal de Parauapebas.  

Então, o rapel é muito usado ainda pelas forças armadas em resgates de vítimas, ações táticas, etc. A modalidade chegou a menos de 20 anos no Brasil.

Mas o rapel vem ganhando seu espaço e já é visto como esporte e vem sendo uma das principais modalidades praticadas aos finais de semanas. 

Existe toda uma técnica e equipamentos  para fazer o rapel, como nos mostrou o Sarg. Anderson e sua equipe. Para muitos iniciantes como eu, além de ser um desafio foi uma superação. 





O rapel é feito em paredões de rochas, cachoeiras e até em paredes simuladas para a atividade. Nós realizamos a atividade na cachoeira de Águas Claras,  que fica localizada no Parque Nacional dos Campos Ferruginosos

O rapel de Cachoeira é um dos estilos do desporto. Porém não descemos pela queda d`agua, mas por um paredão rochoso que fica na lateral que estava bem escorregadio e com alguns vãos na horizontal. 

O rapel é uma atividade para se fazer em grupo de no mínimo três pessoas. Pois um integrante é sempre responsável por chegar o equipamento do outro. Isso torna o rapel um esporte seguro e não perigoso, como algumas pessoas pensam e até eu mesma antes de fazer. 

Essa sou eu he, he

Além da pessoa que fica dando as coordenadas para quem vai descer e checar o equipamento tem a terceira pessoa que fica lá embaixo no chão segurando a corda, atenta a qualquer distração do praticante. Na nossa aula quem ficou nesse posto foram os soldados Danilo ❤  e Xavier do GBMP. 




Essa aula de rapel faz parte das instruções para condutores de trilhas, mas mesmo quem vai praticar apenas como lazer, deve fazer as aulas com as instruções, um treinamento com o equipamento para só depois a pessoa fazer o rapel.

Na nossa turma tinha algumas pessoas que já haviam praticado e se aventuraram em fazer algumas manobras, como a Síbia Barreirinhas, (que eu chamo carinhosamente de Zíbia Gasparetto), que deu um show ao descer fazendo algumas manobras, giros e descidas de ponta-cabeça. 






Existem vários estilos de rapel.


Inclinado: É o tipo de rapel mais simples de ser executado. Ele é feito em uma parede com menos de 90º de inclinação. 

Vertical: Diferencia do rapel inclinado apenas na saída, onde dependendo do ponto de fixação da corda, pode-se ter um alto nível de força na cadeira devido à passagem do plano horizontal para o vertical;

Negativo: É feito sem o contato dos membros inferiores com qualquer tipo de "meio" (pedra, parede, etc). O ponto crítico é a saída, pois se fica quase de cabeça para baixo e há um nível muito alto de pressão na cadeirinha e no freio. É um dos mais praticados hoje;

Invertido negativo: Feito nas mesmas condições do rapel negativo, sendo que após a saída, toma-se posição de cabeça para baixo. Só peço que eu nunca faça isso ha, ha. 

Frente inclinada: Nas mesmas condições que o inclinado, sendo este de frente para a descida. Esta é uma posição em que a força da gravidade atua mais do que no inclinado.

Cachoeira: Praticado em paredes de quedas d'água este tipo de rapel, enfrenta pedras escorregadias e a força da queda d'água.

Intercalado: Nesta modalidade faz-se "escalas". Desce-se com a corda dobrada e a prende em um outro ponto de fixação. A descida obedece uma sequencia estabelecida anteriormente.

Viram só. Eu fiz apenas o de cachoeira, que mesmo nunca tendo praticado os demais penso ser esse mais o simples. Durante a prática existe toda uma técnica como já falei, uma delas é manter sempre o corpo inclinado para trás. 

Como eu estava tremendo de medo coloquei muita força nos braços ao segurar e regular a corda. Isso causou certa tensão e não fez com que eu curtisse muito a descida. Mas da próxima vez eu vou curtir mais  o momento. 

Assim como tem alguns estilos, o rapel exige equipamentos também, diga de passagem bons equipamentos. Cordas principalmente.

Vamos conhecer o nome deles: 

Mosquetões de aço: Usados para ancorar a corda em que é feita a descida. São os recomendados por terem uma resistência e durabilidade;

Mosquetão de alumínio: Servem para ligar o Freio à cadeirinha.

Fitas Solteiras: São as mais aconselhadas para se fazer ancoragens.

Cordas: Usadas para fazer a descida devem ser do tipo muito boa e resistente. Afinal é você que vai estar dependurada nela.

Aqui o cabo L. Rodrigues nos mostra as amarrações e os nós que aprendemos durante o curso. Podemos ver aqui também as fitas solteiras e os mosquetões de aço.

Luvas: Servem para proteger as mãos, contra queimaduras e ajudam a dar mais atrito na hora de reduzir a velocidade da descida.

Capacete: Protege de vários perigos, desde deslizamentos de pedras à queda acidental de um equipamento de um praticante que esteja acima.



Freio 8: De aço ou alumínio é usado para torcer a corda, é esse equipamento que você vai regular a corda no momento da descida.



Cadeirinha- Mosquetão e Oito

Cadeirinha  É uma espécie de "cinta" que envolve as pernas e os quadris. parece feita de cinto de segurança. 



Valeu amores. Até a próxima!

Se você tiver alguma dúvida sobre essa prática, pergunta aqui nos comentários que eu te respondo. Bjim! ❤

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