Há algum tempo eu queria escrever esse post. Na verdade é mais um desabafo, que não deixa de ser um alerta as mamães.
Então sugiro que você se sente, por que a narrativa é longa!
↓
O meu filho Pedro Augusto, está com 1 ano e 9 meses e ainda mama em mim. Após duas tentativas frustradas de desmamá-lo, eu finalmente me conscientizei que estava fazendo exatamente o que eu não queria e sim o que as pessoas em volta estavam me incentivando a fazer.
Incrível como somos afetado pelas opiniões alheias e como as vezes o preconceito nos atinge. :-( É, é isso mesmo, preconceito. Infelizmente vivemos numa sociedade onde a maioria das pessoas tem preconceito em ver uma mãe amamentando seu filho se ele tiver mais de ano de vida.
Eu vivêncio isso diariamente, tem se tornado algo corriqueiro pra mim. E acredite, sofro preconceito das próprias mulheres, mães, algumas de minha própria família. :-(
Eu quero dizer aos e as desavisadas, que eu me sinto mamífera, mãe! As críticas estão se tornando insuportáveis já que os 2 anos estão chegando. É desumano as pessoas não aceitarem que eu filho ainda mame no peito.
Isso tem gerado um grande desgaste emocional e por duas vezes tentei desmamar meu filho e foi frustrante pra mim e mais ainda pra ele.
A primeira tentativa frustrada do desmame foi quando ele tinha 1 ano e 2 meses. Viajei, nunca tinha me separado do meu filho. Fiquei 24h fora, foi quando decidi voltar, minhas mamas estavam doloridas demais, passaram a noite vazando, e estavam começando a empedrar. Finalmente, após 36h longe dele cheguei em casa, ele me abraçou e veio direto procurar o peito. Eu amamentei ele, e ele mamou tanto, e mesmo assim não conseguiu esvaziar as duas mamas.
Depois daquele fatídico dia prosseguir com a amamentação sempre que ele pedia. Mas começaram a vir as cobranças da família e dos amigos. Foi que decidir novamente desmama-lo com 1 ano e 6 meses. Essa apesar de menos dolorosa também foi decepcionante, para todos, até mesmo para mim, pois me sentir impotente.
Nessa segunda tentativa, mandei o Pedro com a irmã para a fazenda dos avós. Lá seria mais tranquilo porque tem um priminho dele, as tias, enfim, parecia que tudo ia dá certo. Como de fato deu. Ele não chorou, aceitou a mamadeira, outros alimentos, e aparentemente não estava sofrendo. Na verdade, eu estava sofrendo. E comecei a entrar em paranóia e examinando o que eu estava fazendo, tomando uma atitude por conta de um comportamento cultural de uma sociedade preconceituosa e desinformada.
Na terceira noite pensei sobre tudo isso. O meu leite já havia secado, e não sofri tanto com as mamas doloridas como a primeira tentativa. Mas na manhã seguinte liguei para a minha irmã e pedi a ela que trouxesse o meu filho.
A assim ela fez. Trouxe o Pedro e ele não parecia lembrar da mama. Mas ao passar das horas ele lembrou e veio procurar o peito. Eu tentei conversar falar que o leite havia acabado, mas não teve jeito, ele começou a chorar. Então eu dei a ele, só que não tinha mais leite. Mesmo sem leite, ele sugava a mama. No dia seguinte foi a mesma coisa, e eu fazendo isso tudo escondida da família para que não vissem eu dando mamar pro meu filho.
No terceiro dia ele continuou querendo a mama, foi que então eu comecei a perceber que o leite estava voltando, e ele mamava mais. Resumindo, as mamas encheram novamente e amamentei uns 15 dias escondido.
Veja bem, que coisa ridícula isso, há, há! Gente, não acredito que fiz isso! Pois é, fiz e um dia me flagraram amamentando o Pedro, e adivinha? Me escrotiaram! Como eu já estava com os pacová cheio de tudo aquilo, eu deixei o meu recado. Que eu vou amamentar o meu filho até o dia que eu quiser e que ele quiser também. E quem achar ruim vai reclamar como papa! Aff!
O que me fez voltar atrás e parar o desmame, foi um artigo que eu lí sobre o desmame abrupto. E eu fiquei apavorada com as consequências que a criança pode sofrer ao ter a amamentação rompida bruscamente.
Agora que já li bastante sobre o assunto eu me sinto mais preparada para a fase do desmame. E estou me programando para fazer o desmame planejado. :-) ♥
Esse tipo de desmame é menos frustrante para a mãe e o bebê pois acontece de forma gradual e natural.
As pessoas têm que entender que a amamentação é mais que um alimento, amamentar é um laço muito forte entre mãe e filho. É amor, aconheço, acalento, é olhar olho no olho. Fora os benefícios para a saúde de ambos. Se fosse citar os infinitos benefícios da amamentação após 1 ano, esse post quase não teria fim.
Amamento sem fraldinha pra tampar. |
A minha primeira filha foi prematura e amamentei apenas até 6 meses. Me arrependo muito, e inclusive eu conto isso a ela e ela me reprime, dizendo tadinha de mim quase não mamei.
A Maria Luiza mamou até 1 ano. Por causa da vida corrida por conta do trabalho eu tive que desmama-lá cedo também. Mas em nenhuma das duas o desmame foi abrupto. Elas ficaram comigo o tempo todo, desmamei sempre oferecendo outro alimento e ninando até adormecerem. As vezes penso, não sei o que me deu para tentar o desmame abrupto no Pedro. Acho que foram as pesadas críticas!
Então, essa é a minha experiência com a amamentação após 1 ano. Alguém aí conseguiu se identificar?
Grata por lerem esse relato. E se você passa por algo parecido, não desmame seu filho por causa das críticas, desmame quando você saber a hora para isso.
Bjim.
Nenhum comentário:
Postar um comentário