A
proteção de crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade esteve em
pauta na sessão ordinária da Câmara Municipal de Parauapebas desta terça-feira
(27). Por meio da Indicação nº 328/2025, a vereadora Graciele Brito (União)
propôs ao Poder Executivo Municipal a expansão do Serviço de Acolhimento
Institucional para crianças e adolescentes na cidade.
A
proposta da vereadora visa atender a uma demanda crescente e fundamental para a
garantia dos direitos de jovens em risco. "O Serviço de Acolhimento
Institucional é uma medida de proteção prevista no Estatuto da Criança e do
Adolescente (ECA), aplicada em caráter excepcional e provisório a crianças e
adolescentes que tiveram seus direitos violados, e que precisam ser afastados
temporariamente do convívio familiar", explicou a vereadora em sua
justificativa.
A
parlamentar enfatizou que esses espaços devem ser "unidades com
características residenciais, inseridas na comunidade, proporcionando um
ambiente acolhedor, seguro e que favoreça o desenvolvimento integral dos
acolhidos."
Atualmente,
o Serviço de Acolhimento Institucional em Parauapebas é oferecido pelo
Acolhimento Esperança, vinculado à Secretaria Municipal de Assistência Social
(SEMAS). No entanto, a vereadora apontou que a unidade enfrenta limitações
diante do aumento de casos. "A crescente demanda por esse serviço,
decorrente de situações de negligência, violência, abandono ou ausência de
responsáveis legais, exige a ampliação da capacidade de atendimento",
alertou.
A
parlamentar apresentou dados que reforçam a urgência da medida. "Segundo
dados do Censo Demográfico 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE), Parauapebas conta com cerca de 90 mil crianças e
adolescentes, representando 33% da população do município. Esse dado, aliado ao
constante crescimento urbano e aos desafios sociais de diversas regiões da
cidade, reforça a necessidade urgente de expansão do Serviço de Acolhimento
Institucional para Crianças e Adolescentes", detalhou.
Graciele
Brito também citou o exemplo de municípios vizinhos, como Marabá, que já
implantaram unidades de Casa Lar, com estruturas adaptadas e descentralizadas,
favorecendo a integração comunitária e a manutenção de vínculos sociais.
"Seguindo esse exemplo, Parauapebas precisa avançar na proteção social de
sua população infantojuvenil, ampliando o número de unidades e de vagas
disponíveis", defendeu.
Para
a vereadora, a expansão do serviço não é apenas o cumprimento de uma lei, mas
um compromisso social. "A expansão do Serviço de Acolhimento Institucional
no município representa não apenas o cumprimento da legislação vigente, mas
também o compromisso com a promoção da cidadania, da dignidade humana e da
garantia de direitos fundamentais de crianças e adolescentes", concluiu.
A
Indicação nº 328/2025 foi aprovada por unanimidade em plenário e será enviada
para análise do prefeito Aurélio Goiano (Avante), com cópia para a Secretaria
Municipal de Assistência Social.
Texto: Nayara Cristina / Foto: Renato
Resende / AscomLeg 2025
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